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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Belo Monte não vale a pena. Entrevista especial com Roland Widmer

A discussão é tão grande e tão antiga em torno da construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no coração da Amazônia, que certamente os investidores sabem os problemas e as consequências que essa obra trará para o povo e a biodiversidade da região. Mas, ainda assim, e em boa hora, um grupo de pesquisadores lançou um amplo relatório intitulado "Análise de Riscos para Investidores no Complexo Hidrelétrico Belo Monte". Entrevistado pela IHU On-Line, por telefone, Roland Widmer, coautor do estudo e coordenador do Programa Eco-Finanças da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, alertou para os riscos que as empresas que financiam o projeto correm. “Os bancos que se chamam sustentáveis podem ter seu discurso contrastado pelo financiamento de Belo Monte. Como nós desenvolvemos no estudo, a obra de construção da barragem vai causar grandes impactos sociais e ambientais negativos, e, por consequência, a reputação, a imagem do banco perante a sociedade sofreria fortemente”, afirmou.

Roland Widmer é graduado em Relações Internacionais pela Universidade de Genegra (Suíça) e mestre em Responsabilidade e Prática de Negócios pela University of Bath (Inglaterra). Atualmente, é coordenador de projetos na ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Quais são as principais conclusões do relatório que analisou os riscos para investidores no projeto de Belo Monte?

Roland Widmer – As principais conclusões incluem o seguinte: a construção do complexo hidrelétrico de Belo Monte pode colocar em cheque a reputação dos financiadores e das empresas que se envolvem nisso. Por que isso? Por que esse empreendimento combina várias categorias de riscos e em cada uma dessas categorias de riscos, sejam elas financeiras, legais ou de reputação, a efetiva de perdas pode ser grande. E, então, concluiremos que realmente a relação custo/benefício está muito ruim. Além do mais, podemos observar que existem incertezas grandes sobre o custo de construção e sobre a própria capacidade de geração de energia, ou seja, é um empreendimento que não vale a pena.

Para ler a entrevista completa acesse aqui:
www.portogente.com.br/texto.php?cod=39502

(Fonte: IHU - Instituto Humanitas Unisinos)

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