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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Índios Kisêdjê se manifestam contra a hidrelétrica de Belo Monte

Representantes do povo Kisêdjê, da Terra Indígena Wawi, ao leste do Parque Indígena do Xingu (MT), afirmam que a comunidade xinguana é contra a construção da usina e teme os impactos que as barragens causarão no Rio Xingu

Os protestos dos índios do Xingu contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte na Volta Grande do Rio Xingu, no Pará, ganham apoio do povo Kisêdjê, também conhecido como Suya, da Terra Indígena Wawi, ao leste do Parque Indígena do Xingu (PIX). Nhonkoberi Suya, coordenador do escritório regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Canarana, afirma que, apesar de não marcarem presença na manifestação realizada em Brasília nos dias 7 e 8 de fevereiro, a comunidade Kisêdjê não quer Belo Monte. “O Xingu está sempre unido. Todos nós estamos preocupados com o que vai acontecer com a nossa terra. Nós dependemos da água para viver, precisamos da natureza preservada para pescar e nos alimentar. Esta obra certamente causará grandes impactos a nossa terra e a nossa vida”.

No dia 26 de janeiro último, o Ibama concedeu ao consórcio que vai construi a hidrelétrica, licença parcial de instalação do canteiro de obras, "totalmente ilegal", segundo o Ministério Público Federal.

A dimensão do projeto da hidrelétrica de Belo Monte que se construída será a segunda maior hidrelétrica do Brasil, é de conhecimento dos indígenas, tanto quanto o alcance de seus impactos. Ianukulá Kisêdjê, assessor da coordenação da Funai em Canarana, confirma que seu povo teme o que está por vir. “Sabemos que a primeira barragem é apenas o começo. Depois virão novas barragens que irão trazer mais destruição para o rio. Todos os xinguanos se sentem ameaçados”. Ianukulá cita também a previsão de povoamento da região. “Milhares de operários virão trabalhar na obra, sem nenhum planejamento. Isso traz grandes impactos sociais, pois aumenta o número de pescadores, aumenta o desmatamento e o consumo. O Xingu não será mais como é hoje".

Para ler mais acesse aqui.

(Fonte: site Instituto Socioambiental - ISA)

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