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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Temática indígena nas escolas

A escola foi, desde o início, o elemento principal na conformação das imagens sobre os indígenas. Somente nos últimos anos é que houve a inclusão da pluralidade como um valor positivo e o consequente reconhecimento dos indígenas como parte importante da sociedade e cultura brasileira. É o que conclui o livro A temática indígena – subsídio para os professores, que será lançado no dia 23 de agosto, em Campinas.

De autoria do arqueólogo e professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Pedro Paulo Funari e da pesquisadora da Universidade Complutense de Madrid (Espanha) Ana Piñón, o livro foi elaborado a partir de uma pesquisa de mestrado, seguido de doutorado, da coautora, além de outros estudos apoiados pela FAPESP.

A obra tem como público-alvo professores dos níveis fundamental e médio. “O livro tem uma apresentação teórica, histórica e cultural, assim como uma pesquisa empírica sobre a percepção dos alunos do ensino fundamental. Isso contribui para um diagnóstico de desafios, o que permite propostas de soluções no âmbito da escola e na formação dos professores”, disse Funari à Agência FAPESP.

De acordo com o autor, o livro surgiu da necessidade, tanto dos professores como dos alunos, de informações mais aprofundadas sobre os índios.

“Muitos jovens mencionam que têm parentes e/ou antepassados indígenas. Mas, ao mesmo tempo, ainda localizam o índio longe: no passado e no mato. Os índios, às vezes, aparecem como um indivíduo, ao lado de uma oca, sem seu contexto social e coletivo”, pontuou.

Ao longo de 128 páginas, os autores discorrem sobre a questão indígena e suas representações nas escolas brasileiras. No primeiro capítulo, Funari e Piñón abordam como se formam e se transformam as identidades sociais e a relação com os índios.

Em seguida, observam os modos de se estudar os índios, na chamada experiência etnográfica – para os autores, a melhor forma de se conhecer um grupo humano, em particular uma comunidade indígena, é imergir em seu mundo, no seu cotidiano. Depois, seguem pela trajetória histórica desses habitantes no continente americano e a situação atual dos índios no país.

Nos demais capítulos, o livro trata da temática indígena utilizada pela escola desde os tempos dos jesuítas até a escola republicana como projeto político, passando pela idealização dos índios no século 19, no âmbito da corte imperial do Rio de Janeiro.

Para ler mais clique aqui.

(Fonte: site da Fapesp)

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