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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Nasce Ketamyna, a 1500ª Waimiri Atroari


Ketamyna Atroari simboliza que a comunidade superou a extinção e confirma o recado do seu povo: “Digam ao mundo que vivemos”

Nasceu Ketamyna Atroari, a milésima quingentésima índia da comunidade Waimiri Atroari, que vive na divisa dos estados do Amazonas e Roraima, próxima ao lago da usina hidrelétrica Balbina. Com quatro quilos e 49 centímetros, a pequena Ketamyna (pronuncia-se quetamuná) é uma prova de vida para um povo que, em 1988, somava apenas 374 indivíduos. Ketamyna nasceu no dia 4 de novembro, na Aldeia Paryry (pronuncia-se paruru).

Os Waimiri Atroari sobreviveram à extinção – morriam em média 20% ao ano e hoje têm taxa de natalidade de 6% ao ano – graças ao programa Waimiri Atroari, implementado pela Eletrobras Eletronorte, em parceria com a Funai, sob a orientação do indigenista Porfírio Carvalho. Segundo ele, “os índios estão todos muito bem, vivendo em suas terras sem invasores, sem perturbação, de acordo com sua cultura”.

Mas nem sempre foi assim. “Em 1986 reencontrei os Waimiri numa situação muito difícil. Estavam doentes, tristes, perambulando pela rodovia BR-174, pedindo carona a caminhoneiros, dependentes de alimentação e doações. Morriam, em média, 20% ao ano. Podia-se dizer que estavam caminhando para o extermínio. Aquele povo que conheci em 1969, guerreiros altivos, defensores do seu território e de suas vidas, estava triste, aguardando algo que não sabia exatamente o que era. Ainda não havia demarcação nem definição dos limites de suas terras”, explica o indigenista da Eletrobras Eletronorte.

Reconhecido como referência mundial, o Programa inspira políticas públicas, investe na valorização étnica e faz a diferença na história das comunidades indígenas da Amazônia.Homens, mulheres, crianças e idosos caminham saudáveis pelas aldeias onde a comida é farta e, o sistema de organização social, uma aula de cidadania. Tudo por meio do programa idealizado para compensar os impactos provocados pelo alagamento de 30 mil hectares das terras indígenas – hoje demarcadas em 2.585.911 ha – pela hidrelétrica Balbina.

Para ler mais acesse aqui.

(Fonte: Site Eletrobras - Eletronorte)

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