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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ocupação de Belo Monte: o recado foi dado

A luta contra Belo Monte não para. A recente ocupação do canteiro de obras da Norte Energia é a demonstração clara que a obra é indesejada e que antes de ser iniciada realmente, muita coisa ainda pode acontecer.
Leiam um relato feito pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), sobre a ação contra a obra.


Se for por eles, os seus guerreiros Kaiapó teriam continuado a ocupação do canteiro de obras. Queriam levar a luta até o fim, reforçados pelo aviso que outros grupos indígenas, inclusive outros Kaiapó, estavam se preparando para unir-se ao movimento. Mas considerando a conjuntura, com o recado dado a nível nacional e internacional, a assembléia geral dos ocupantes achou melhor encerrar a ação de forma pacífica.

Ação direta

A histórica ocupação do canteiro de obras da usina de Belo Monte – maior obra do PAC e considerada a jóia da coroa –, na quinta-feira passada, foi resultado do seminário contra a usina, que se realizou nos dias anteriores, em Altamira.
O seminário reunira cerca de 700 participantes, entre eles indígenas de 22 povos, pescadores da bacia do Xingu, pequenos agricultores, outros atingidos e movimentos sociais. Cansados de ver seus direitos desrespeitados e de sofrer tantas violências praticadas tanto pelo governo quanto pela Norte Energia, decidiram ir além das conversas e fazer uma ação direta: a ocupação pacífica do canteiro de obras e o bloqueio da Transamazônica na frente do canteiro.
Saindo na madrugada de quinta-feira, realizaram a ocupação sem que houvesse resistência por parte dos guardas do local. Durante o dia, o clima continuava tranqüilo, a pesar da fila crescente de carros e caminhões parados pelo bloqueio da estrada. De fato, muitos motoristas e pessoas da região aproveitaram para conhecer o canteiro, que até então sempre tinha ficado fechado para o público. Finalmente podiam conhecer a magnitude do desmatamento e da devastação, do que é apenas um dos três canteiros de obras.
Ao final da tarde chegou o advogado da Norte Energia, escoltado por policiais fortemente armados, com armas em punha, com um mandado de reintegração de posse. Contrário a qualquer ação crítica à obra, a justiça não tardou para julgar o pedido de reintegração de posse por parte da NeSa.

Para ler a matéria completa acesse aqui.

(Fonte: Paul Wolters - Site do CIMI)

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