Ginecologia, neurologia adulta e pediátrica e otorrinolaringologia são as áreas com maior procura. Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde deve propor à UnB, nessa semana, a ampliação do atendimento com participação de outros setores da Universidade, como antropologia, arquitetura e recursos humanos
Roger Xavante, de 10 anos de idade, foi internado na pediatria do HUB no dia 23 de maio com um quadro de febre e dor. A criança tinha um tumor na perna esquerda e precisou ser tratado com antibióticos. Com alta desde o último dia 3, o pequeno xavante retornou ao hospital nesta segunda-feira (13) para avaliação médica e realização de exames. Em até cinco dias, ele terá que comparecer novamente ao HUB para ter definido seu tratamento.
Esta é uma rotina que tem aumentado no Hospital Universitário de Brasília. Desde a celebração do convênio com a Fundação Nacional de Saúde, a Funasa, em agosto de 2000. Na atualidade, a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) é que presta atendimento e atenção à saúde da população indígena de todo o país e passa a ser o interlocutor com o hospital neste convênio.
Na comparação entre 2010 e os primeiros meses de 2011, houve aumento de 78% no número de consultas de pacientes indígenas no hospital da UnB, conforme explica a responsável pela Divisão de Custos e Planejamento do HUB, Rozânia Maria Pereira Junqueira.
- O número de consultas realizadas é o principal indicador de atendimento de um hospital. Excluindo os meses de dezembro, quando realizamos 59 consultas, janeiro, três, e fevereiro, seis, nossa média indica uma evolução de 78% no atendimento desta comunidade.
Em 2011, o Hospital Univerisitário de Brasília oferece atendimento em 32 especialidades, de reprodução humana à nutrição. Ginecologia, neurologia adulta e pediátrica e otorrinolaringologia são as áreas com maior atendimento. Juntas, elas somaram 56 consultas.
De acordo com o presidente da Sesai, Antônio Alves, a secretaria deve ampliar ainda em 2011 o atendimento para os indígenas, tendo na UnB um importante parceiro.
- Vou procurar o reitor José Geraldo nessa semana para que possamos ter uma parceria que não se limite à atenção à saúde feita pelo HUB, na média e alta complexidade. Queremos ter uma integração maior com outros setores da universidade, como a antropologia, a arquitetura e de recursos humanos.
Comunicação
Segundo a enfermeira-chefe do Centro de Clínicas Pediátricas Pediatria do HUB, Tereza Garcia Braga, a dificuldade de estabelecer comunicação em português com pacientes indígenas é o principal obstáculo no tratamento feito no hospital.
- Boa parte deles não fala nossa língua, é bastante tímida e tem dificuldade de nos entender e nós a eles. Usamos gestos e nos socorremos com aqueles que falam um pouco o português.
Para facilitar esta comunicação, recentemente, um grupo de profissionais do HUB visitou uma aldeia no Mato Grosso para um aprofundamento na cultura indígena. “Ficamos duas semanas acampados na aldeia dos Xavantes, vivendo nas mesmas condições que eles. Foi um aprendizado importante e rico para a realização do nosso trabalho”, afirma Tereza.
A maior parte da população indígena que procura o Hospital Universitário é proveniente dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, das etnias Xavante, Xingu e Camaroá.
(Fonte: site da UNB)
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Atendimento à população indígena no HUB aumenta 78%
Postado por
Cid Furtado Filho
às
08:43

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