Por que não realizar ações de devolução dos tekohá às comunidades acampadas na beira das estradas ou confinadas nas minúsculas reservas do SPI?
Depois que a vice-procuradora geral da República, Deborah Duprat, afirmou recentemente, em Campo Grande, que “Dourados é talvez a maior tragédia conhecida na questão indígena em todo o mundo”; após inúmeras reuniões sobre a questão de uma política de segurança nas aldeias Kaiowá Guarani; depois de inúmeras denúncias e pedidos de socorro de lideranças indígenas e organizações nacionais e internacionais, finalmente uma resposta.
Na semana passada uma equipe da Polícia Federal de Brasília veio para realizar uma operação na Terra Indígena de Dourados, com o intuito de inibir a violência e desmantelar o tráfico e consumo de drogas nas aldeias. Ação louvável, apesar de tardia.
Já que denominaram a operação de Tekohá, que significa terra tradicional Kaiowá Guarani, espaço sagrado onde se reproduz a vida de uma comunidade-aldeia, onde se gera e realiza a cultura, onde se realizam os rituais, onde estão enterrados seus mortos e celebram as colheitas e a vida que renasce em cada flor que desabrocha, em cada semente que germina, em cada criança que nasce, por que não realizar ações de devolução dos tekohá às comunidades acampadas na beira das estradas ou confinadas nas minúsculas reservas do SPI [Serviço de Proteção ao Índio]?.
A operação da Polícia Federal se dá numa conjuntura de combate a ações ilegais (tráfico de drogas e armas) na fronteira. Vista de maneira descontextualizada, as consequências das ações repressivas poderão ser de mais criminalização e preconceitos contra as populações Kaiowá Guarani. É preciso entender essas ações como o início da construção de políticas de segurança nas aldeias, que passa necessariamente pela recuperação dos tekohá, terras tradicionais, com efetivos programas de recuperação ambiental a capacidade de produção da economia Guarani.
Para ler mais acesse aqui.
(Fonte: site do CIMI)
terça-feira, 14 de junho de 2011
Tekohá – espaço de vida e cultura
Postado por
Cid Furtado Filho
às
21:53

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