
Em reunião realizada em São Gabriel da Cachoeira, grupo sistematiza 15 anos de experiências com educação escolar no Rio Negro, avalia resultados de consulta ampliada realizada por mobilizadores indígenas nas calhas do rio, organiza demandas e elenca recomendações das comunidades
O grupo que está construindo desde 2009 um programa de educação escolar indígena diferenciadoe debatendo a criação de um instituto de conhecimentos indígenas no Rio Negro reuniu-se entre 5 e 7 julho, na maloca da Foirn (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro), em São Gabriel da Cachoeira, noroeste amazônico. Cerca de 60 pessoas participaram de uma nova etapa envolvendo a agora a sistematização de mais de 15 anos de experiências com a educação escolar no Rio Negro e outros projetos alternativos. Além disso, o grupo se debruçou sobre os resultados de uma consulta ampliada realizada por uma equipe de mobilizadores indígenas nas várias calhas do Rio Negro sobre o Programa de Formação Superior Indígena.
Os mobilizadores indígenas promoveram reuniões junto às comunidades que compõem as regionais da Foirn para ampliar a conversa e a discussão sobre a proposta do Programa. A partir daí, os mobilizadores indígenas puderam: promover rodas de conversa nas escolas ou em outros ambientes - tanto onde o ISA atua em parceria com Foirn, por meio do Projeto de Educação Indígena, quanto onde o ISA nunca atuou diretamente -; realizar entrevistas individuais, seguindo distintos roteiros de perguntas para diferentes tipos de pessoas (alunos formados ou em vias de terminar o curso, pais, professores, mulheres, lideranças, APIs(Assessores Pedagógicos Indígenas), AIMAs (Agentes indígenas de manejo ambiental) e outros).
A consulta visava levantar as demandas existentes com relação à educação escolar em todos os níveis. Vale lembrar que desde o início do século XX os povos desta região vêm convivendo com políticas de educação massificadora, com exceção de algumas escolas indígenas que, em meados da década de 1990, decidiram reconstruir suas propostas de ensino segundo seus objetivos. Para isso enfrentaram e continuam enfrentando um modelo que não consegue atender as inovações que a própria legislação da educação brasileira acolhe com a devida flexibilidade.
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(Fonte: site do ISA)
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