As ações clandestinas de madeireiros põem em risco a existência livre dos indígenas
Indígenas da aldeia Awá, na Terra Indígena Caru, encontraram tapiris (barracos de palhas) de um acampamento temporário de parentes Awá-Guajá livres – ou em situação de isolamento voluntário. Segundo os Awá-Guajá, “eram seis pequenos tapiris e no entorno uma grande quantidades de cascos de jabutis, caroços de inajás e casca de coco babaçu”. Pelas investigações dos indígenas, o grupo “não possui nenhuma ferramenta de corte, sendo as palhas, as madeiras e os cipós para a construção dos tapiris realizadas somente com o uso das mãos”.
Os Awá-Guajá acreditam que “eles tenham deixado o acampamento poucos dias antes de o encontrarmos”. Os Awá-Guajá recolheram uma flecha e um cesto tradicional, ambos foram entregues ao funcionário regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) local.
A primeira preocupação dos Awá-Guajá, ao relatarem a situação, é o contato (da sociedade envolvente) com o grupo: “Os madeireiros vão matá-los!”. A preocupação se desdobra: “Os madeireiros continuam na floresta. Eles continuam a abrir estradas, aterrando pequenos rios e igarapés, construindo pequenas pontes. Eles também têm despejados grandes quantidades de pilhas, de embalagens de munição, de alimentos e de combustíveis nos rios”. De fato, os relatos dos Awá-Guajá demonstram que os madeireiros continuam suas atividades no interior do território sem serem importunados.
Os indígenas continuam a fazer suas incursões para a floresta em busca de caça e coleta. Em visita a esses lugares, eles constataram também a continuidade das grandes roças abertas em mata nativa. Consequentemente há uma perda e uma diminuição desses lugares: “São muitas e grandes roças. Há muito arroz e gente carregando madeira. São áreas com mais de 100 linhas de mata derrubada. Essas roças estão acabando com a nossa floresta”, dizem.
Para ler mais acesse aqui.
(Fonte: site do CIMI)
Essa prática é uma realidade na Terra Indígena Caru e tem significado, continuamente, a derrubada de grandes áreas de floresta. Mas o que assusta, sobretudo, é constatar que essa é também a prática adotada pela Funai.
sábado, 13 de agosto de 2011
Indícios de grupo Awá-Guajá isolado são localizados no Maranhão
Postado por
Cid Furtado Filho
às
12:31

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