Total de visualizações de página

terça-feira, 26 de julho de 2011

Movimento Indígena denuncia violação de Direitos Humanos à ONU

O líder indígena Uilton Tuxá, coordenador da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo ( APOIMNE) e dirigente da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) está em Genebra, na Suíça, onde fica até o dia 22 de julho, e atua como enviado especial do movimento indígena brasileiro junto a comunidade internacional. O objetivo é denunciar o quadro de violação de Direitos Humanos, fundamentais e coletivos dos povos indígenas brasileiros, patrocinado pelo governo do Brasil.



Ele participou de uma reunião com o responsável do Programa de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas no Brasil, o Sr. Antônio Cisnero, que disse desconhecer as violências contra os povos indígenas em nosso país. Durante o encontro, Uilton manifestou a intençãode construir um diálogo mais próximo entre as organizações indigenas e a ONU. Ele foi, então, orientado a enviar cartas para a Excelentíssima Sra. Navanethem Pillay-Alta Comissionada das Nações Unidas, Sr. James Anaya- Relator Especial dos Direitos dos Povos Indígenas da ONU e demais Relatores da ONU relatando a situação dos indígenas.



A proposta é que os relatores das Nações Unidas possam intervir junto ao Estado Brasileiro, para que este adote medidas que assegurem o respeito aos Direitos Indígenas de acordo com os tratados internacionais, como Convenção 169 da OIT e a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas.



O documento entregue aos relatores da ONU denuncia os megaprojetos da Transposição do Rio São Francisco e da construção de Belo Monte e também a tentativa de expulsão dos Xavante de Marãiwatsédé, a odisséia pela terra dos Guarani Kaiowá e Pataxó Hã hã hãe.



De acordo com Marcos Apurinã, coordenador geral da COIAB, a violação de direitos cometidos contra os povos indígenas é um reflexo da falha política indigenista do país. “O Governo Brasileiro não respeita os povos indígenas. Não enxerga os nossos problemas. É preciso que a nossa voz chegue mais longe, o nosso grito tem que ser ouvido para se fazer valer os acordos que foram ratificados. Vivemos uma situação muito difícil e, em suas viagens ao exterior o Governo vende uma imagem que não existe. Sofremos muito com a ausência de políticas publicas e mais ainda, com os projetos de desenvolvimento a qualquer custo, orquestrados pelo Governo Federal”, afirmou o líder Apurinã.


Para ler mais acesse aqui.

(Fonte: site do CIMI)

Nenhum comentário:

Postar um comentário